Papilomatose Bovina: saiba tudo sobre a doença
A Papilomatose é uma doença infecto-contagiosa associada à imunidade celular dos animais, que acomete a pele e mucosas dos bovinos, causada pelo vírus do gênero Papilomavírus, da família Papillomaviridae. Ela é conhecida por causar papilomas, ou tumores epiteliais benignos.
A enfermidade pode também receber outros nomes comuns, como Figueira, Verruga, Verrucose, Fibropapilomatose e Epitelioma Contagioso. Ela pode surgir em outras espécies, como em seres humanos por exemplo, porém sua ocorrência em bovinos deve ser tratada com atenção especial.
Atualmente, foram identificados vários tipos de papilomavírus bovinos (BPV), relacionados aos locais de aparecimento dos tumores:
- Tipo 1: fibropapilomas no teto e no pênis;
- Tipo 2: fibropapilomas cutâneos na cabeça e pescoço (múltiplos e acinzentados);
- Tipo 3: papiloma cutâneo epitelial;
- Tipo 4: papiloma na mucosa do trato digestivo;
- Tipo 5: fibropapilomas no teto e úbere;
- Tipo 6: papiloma epitelial nos tetos.
Os vírus são divididos em dois grupos antigenicamente diferentes: no grupo A, entram os tipos 1, 2 e 5, que causam fibropapilomas; e o grupo B, que inclui os tipos 3, 4 e 6, causadores de papilomas epiteliais.
Devido a variedade de tipos de vírus, vê-se a dificuldade em controlar os agentes causadores, visto que eles podem estar presentes no corpo do animal ao mesmo tempo, de forma isolada ou atuando em conjunto.
Transmissão
A papilomatose bovina é transmitida pelo contato direto com outros animais infectados através de feridas na pele, vetores mecânicos e equipamentos contaminados, como agulhas, brincadores, etc.
Os bovinos jovens e/ou imunocomprometidos estão mais vulneráveis a contaminação, mas todas as faixas etárias podem ser acometidas pela doença. Além disso, a predominância da papilomatose é maior em animais da raça Holandesa.
Como dito anteriormente, a doença está ligada à imunidade dos animais, mas existem outros fatores que facilitam na transmissão, a exemplo do sistema de criação confinado. Nesse caso, os bovinos podem ser contaminados por equipamentos contaminados utilizados na identificação deles, como tatuagens e marcadores de orelha.
A transmissão pode ocorrer também de maneira indireta, por meio de moscas, carrapatos, cercas, cochos de alimentação, água e equipamentos de ordenha. Todavia, para que a contaminação ocorra nesses casos, é preciso que o animal já esteja com alguma lesão na pele.
Sintomas da papilomatose bovina
A enfermidade pode ser identificada, principalmente, a partir de lesões tumorais na pele e mucosa do animal, que acabam depreciando o couro e desvalorizando o valor na venda, além do aparecimento de feridas e miíases.
Além disso, pode haver acúmulo de excrementos nas regiões do úbere e do teto, causando uma ordenha incompleta e aumentando o risco de transmissão do vírus para os outros animais.
As verrugas variam de quantidade e tamanho, com coloração que pode ir do negro ao acinzentado. Na parte externa do corpo do animal, elas podem surgir na cabeça, pescoço, periferia dos olhos e tetos, região genital e boca. Todavia, a doença pode aparecer também no esôfago, bexiga e língua.
O diagnóstico pode ser realizado através da análise do aspecto da lesão, mas a identificação do agente deve ser feita através de uma imunofluorescência direta.
Tratamento
São consideradas as melhores opções de tratamento a retirada cirúrgica e cauterização das lesões com nitrato de prata, vacina autógena e auto-hemoterapia. Existem também medicamentos que combatem especificamente determinados vírus, e outros que podem auxiliar no tratamento.
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Controle e prevenção
Por causar inúmeros prejuízos econômicos e de manejo na propriedade, é importante investir na prevenção da doença. Isso pode ser feito através do controle das moscas na fazenda, desinfecção de todos os utensílios utilizados nos bovinos e utilização de pomada repelente.
Além disso, é recomendado que não sejam adquiridos animais já contaminados com papilomas, assim como o manejo, que deve ser realizado por último em animais com a doença.
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Fontes: Ouro Fino Saúde Animal; Laboratório de Virologia e Imunologia da Faculdade de Veterinária da UFPel; MilkPoint.
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