Leptospirose em bovinos: medicamentos eficazes para o tratamento.
Um dos maiores desafios para quem cuida de rebanhos é manter a saúde deles em dia, principalmente para doenças altamente transmissíveis. E uma dessas patologias é a leptospirose bovina.
Se não for tratada de forma eficaz, pode provocar graves problemas e causar enormes prejuízos para os produtores rurais. Mas de que maneira essa doença afeta o rebanho e quais medicamentos podem ser utilizados no tratamento da leptospirose bovina?
Quais são as causas da leptospirose bovina?
Em resumo, a leptospirose bovina é causada por uma bactéria do gênero Leptospira. Essa doença é transmitida por via indireta (contato com água, alimentos e solos contaminados com a urina, sêmen, sangue, secreções vaginais, por mordeduras, ingestão de tecidos infectados) e direta (de maneira transplacentária ou venérea).
Além do caso dos animais infectados pela doença, um outro exemplo de agente transmissor da leptospirose são os roedores, como ratos e capivaras contaminados com a doença, que acabam propagando a bactéria causadora da leptospirose através da urina infectada.
Há também casos de em algumas regiões, mais precisamente no sul e sudeste, o contato com javalis e porcos selvagens têm contribuído para a incidência dessa patologia, visto que esses animais também são considerados agentes causadores da leptospirose.
Principais sintomas da leptospirose
Os principais sintomas da leptospirose variam entre duas formas. A primeira é a subclínica, que geralmente ocorre em vacas não gestantes e não lactantes, e os animais infectados não costumam apresentar sintomas, mas eliminam a bactéria no ambiente, o que acaba afetando a saúde do rebanho.
A outra forma é a crônica, onde o animal começa a apresentar os principais sintomas da doença, que são:
- febre;
- sangue na urina;
- anemia;
- mucosas amareladas causadas pela hemólise intravascular;
- repetição de cio;
- retenção de placenta;
- nascimento de crias fracas ou natimortas;
- infertilidade;
- abortamento;
- mastite bovina.
A leptospirose pode ocasionar uma série de problemas para o rebanho, que varia desde a queda da produção de leite, queda na reprodução de animais saudáveis e no óbito de parte do rebanho.
Diagnóstico da leptospirose
Quando o animal começar a apresentar os primeiros sintomas, cabe ao veterinário determinar se o bovino contraiu realmente a leptospirose. Isso acontece através de realização de exames laboratoriais como o soroaglutinação microscópica, fixação de complemento, imunofluorescência indireta e Ensaio Imunoenzimático (ELISA).
Principais tratamentos contra a leptospirose
Uma das formas de tratamento no combate à leptospirose é através do uso de medicamentos veterinários como antibióticos que tem como função atacar o agente causador da leptospirose.
4 medicamentos para o tratamento da leptospirose
Agora que você conheceu como a leptospirose pode afetar o rebanho e das formas de tratamento, vamos apresentar alguns medicamentos que a Central Veterinária* oferece no combate a essa doença, confira:
Agrosil PPU®
O Agrosil PPU® é um antibiótico produzido pela Vansil à base de penicilina (25.000.000 UI) e estreptomicina, componente eficaz no tratamento de infecções bacterianas, como no caso da leptospirose. Além dos bovinos, esse medicamento também é indicado para suínos, equinos e ovinos.
Ele vem em frascos de 50ml e 100ml e deve ser administrado por via intramuscular, aplicando 1 ml de medicamento para cada 20kg de peso do animal. O que chama a atenção do Agrosil PPU® é que normalmente basta uma dose dele para controlar a infecção.
Kuramicina®
A Kuramicina® é um antibiótico de amplo espectro voltado exclusivamente para bovinos e que é produzido pela Konig. Esse medicamento utiliza a Oxitetraciclina como componente químico que produz uma eficácia por 3 a 5 dias após a administração no animal.
Esse medicamento deve ser administrado por via intramuscular, na base do pescoço, garupa ou coxa do animal. A dose recomendada é de 1 ml para cada 10kg de peso do bovino. A Kuramicina® não deve ser aplicada em vacas produtoras de leite para consumo humano, e deve ser suspensa 30 dias antes do abate do boi.
Pentabiótico Veterinário 2.400.000UI®
Produzido pela Zoetis, o Pentabiótico Veterinário 2.400.000UI® é um medicamento que reúne 5 antibióticos que oferecem uma ação bactericida potente na eliminação de bactérias que afetam o rebanho, entre elas a causadora da leptospirose.
Cada um desses componentes atuam em um sinergismo de ação, ou seja, enquanto a penicilina ataca os germes gram-positivos, as estreptomicinas agem nos gram-negativos. Além de ser indicado para bovinos, o Pentabiótico Veterinário 2.400.000UI pode ser utilizado em equinos, caprinos e ovinos.
Ele deve ser aplicado por via intramuscular com uma dosagem média de 5 ml para cada 100 kg de peso vivo (12.000 UI de penicilina/kg e 5mg de estreptomicina/kg). O abate do animal tratado com esse medicamento tem que ser realizado em 30 dias após a última aplicação.
Além disso, em caso de vacas tratadas com o Pentabiótico Veterinário 2.400.000 UI, o leite que o animal produz não deve ser destinado ao consumo humano em até 4 a 5 dias após a última aplicação.
Estreptomicina®
A Estreptomicina é um medicamento produzido pelo Biofarm com um amplo poder bactericida. Ele é indicado para controlar e tratar infecções em bovinos causadas por bactérias gram-negativas, como a leptospirose.
Esse antibiótico deve ser administrado por via subcutânea ou intramuscular, seguindo a dosagem de 1 ml para cada 25kg de peso corpóreo (10mg/kg). A Estreptomicina vem em frascos contendo 6,25g e 20 ml de diluente.
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Fontes: Embrapa, Rural Pecuária, JA Saúde Animal, Vansil, Konig, Zoetis, Biofarm
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