Dezembro Laranja Pet
A Campanha Dezembro Laranja foi criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção e diagnóstico precoce de doenças de pele. E, nos últimos anos, a campanha se voltou também para o alerta sobre o câncer de pele em pets. Como seus donos, os animais de estimação também podem desenvolver doenças dermatológicas quando expostos ao sol por um longo período de tempo.
Porque os animais também têm câncer de pele?
As neoplasias cutâneas – ou tumores – são mais encontradas na pele dos pets. Isso se deve não só ao fato da pele ser o maior de todos os órgãos, como também por ela ser formada, junto ao tecido subcutâneo, por uma multiplicidade de células vulneráveis ao desenvolvimento de neoplasias.
Por ter um elevado potencial de renovação celular, a pele está mais exposta do que outros órgãos a sofrer mutações, o que pode ou não facilitar o desenvolvimento de tumores. Além disso, a pele está frequentemente exposta aos raios solares, de forma direta e em excesso, ficando mais suscetível ao aparecimento dos tumores – sendo o mais comum o carcinoma de células escamosas.
Entre as raças de cães com maior predisposição ao desenvolvimento de tumores, a principal é o Boxer, seguido pelos cães sem raça definida (SRD), Pitbulls, Dálmatas, Bull Terrier, Bulldogs e Labrador Retriever. Entretanto, a ocorrência é mais comum em cachorros mais velhos, com idade entre 3 e 8 anos.
Entre os bichanos, os gatos da raça Sphynx são os que necessitam de maior atenção, por possuírem uma pelagem de baixa densidade, sendo quase ausente. No caso dos felinos, os animais são mais acometidos pelo Carcinoma de Células Escamosas, sendo quase todos relacionados a gatos de pelagem branca e com exposição solar excessiva.
Cuidados
Muitos cães e gatos adoram ficar na janela ou no quintal da casa, tomando um sol matinal. Mas é preciso ter atenção com seu pet, principalmente no verão, aplicando cremes com proteção UVA/UVB e fator mínimo 30. Aliás, o protetor deve ser utilizado inclusive nos dias nublados!
O recomendado é que seja passado protetor solar em regiões do corpo do cachorro que não haja pelo, como a barriga, orelhas e focinho, principalmente se este último for rosado. Animais com pelagem longa podem apresentar, nas costas do animal, uma linha divisória de pelos menos densos que os demais.
Um alerta importante que deve ser feito é sobre a tosa dos animais! A maioria dos tutores acredita que, no verão, é preciso tosar mais, por acreditarem que eles sentem mais calor. Todavia, o pelo tem um papel fundamental na manutenção da temperatura corporal dos pets.
O nariz e as pontas das orelhas são os locais com maior incidência de Dermatite Actínica em pets, doença de pele causada pela exposição solar crônica. Se não tratada, a enfermidade pode evoluir para um câncer de pele.
Atualmente, já existem produtos de pele e protetores solares específicos para animais, mas, na ausência deles, um protetor utilizado por humanos também vale. Todavia, ele deve ser testado em uma área pequena antes, como a pontinha do nariz, para verificar a aparição de reações diversas. Caso prefira comprar protetor para humanos, dê preferência para os infantis, por serem hipoalergênicos. Ah, como ocorre com a gente, o ideal é que a proteção seja reaplicada a cada duas horas!
Roupinhas, máscaras para focinho e sapatinhos também são alternativas que protegem a pele do seu pet! O último protege os animais na hora do passeio, para evitar queimaduras nas patas e coxins. Não é necessário que o protetor solar seja aplicado nos coxins, mas o tutor deve mantê-los sempre hidratados.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico correto das doenças de pele, é realizada uma biópsia da região afetada, seguida da análise histopatológica, visando a identificação e classificação do tumor. Com as tecnologias atuais, é possível também realizar testes auxiliares, a exemplo da Imuno-histoquímica e PCR.
Tratamento
O tratamento dependerá da decisão de cada médico veterinário e da condição de saúde do animal. Quando a doença é diagnosticada precocemente, o veterinário pode optar por intervir cirurgicamente, visto que a operação em um tumor pequeno é menos invasiva.
Existem formas de tratamentos que são combinados, como cirurgia, eletroquimioterapia, quimioterapia e radioterapia. Mas a maior forma de tratamento – e prevenção – é, com certeza, a visita frequente a um veterinário de confiança, para garantir que a saúde do pet esteja em dia!
E você, como faz para proteger seu pet no verão?
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Fontes: Estadão; Diagnose Vet; Petlove.
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