Pet idoso: como cuidar da saúde do seu animal nesta fase?
Como os humanos, nossos amigos de quatro patas também vão envelhecer um dia – isso vale para cães e gatos. Esse é um processo natural e, como tutores, devemos garantir os melhores cuidados e qualidade de vida durante todo o processo.
É normal que, com o tempo, as mudanças na saúde e comportamento do animal fiquem mais evidentes, por isso é importante que você saiba reconhecê-las. E, para entender melhor sobre o assunto e poder se preparar para cuidar da melhor maneira possível do seu bichinho, você deve entender alguns tópicos, como a idade em que um animal passa a ser considerado idoso.
Para te ajudar nesse assunto, a Central Veterinária preparou um artigo completo, com dicas e recomendações! Confira.
Quando um animal de estimação passa a ser considerado idoso?
Tanto para cachorros, quanto para gatos, a velhice chegará aos poucos. No caso dos cães, o período muda de acordo com o porte do animal: os pequenos costumam chegar à “terceira idade” aproximadamente aos 9 anos, enquanto as raças médias aos 8 anos e os maiores, a partir dos 7 anos.
Para cães sem raça definida, o desafio de identificar a expectativa de vida é um pouco maior, tendo em vista que eles possuem material genético de mais de uma raça em seu organismo. Já os gatos são considerados idosos a partir dos 7 anos de vida, independente da raça e tamanho.
Sinais de que o pet está envelhecendo
Cães
Como já falamos, os sinais vão começar a aparecer aos poucos, como os pelos coloridos dando espaço para os brancos e o comportamento mudando. Por exemplo, pets seniores costumam dormir mais, além de gostarem de ficar mais quietos, pois a disposição não é mais a mesma para acompanhar você e pets mais novos nas brincadeiras.
Podem surgir, também, verrugas pelo corpo do animal, que não oferecem preocupação a menos que se tornem machucados. Entre os principais sinais de que seu pet está envelhecendo, podemos citar:
- Pelos grisalhos, com uma textura mais fina e sem brilho;
- Patas espessas, com alterações nas “almofadinhas”, que se tornam mais ásperas;
- Perda de dentes e aparecimento de doenças nas gengivas (incluindo sangramentos), podendo apresentar intenso mau hálito; Dificuldade de locomoção, devido ao enfraquecimento dos ossos e articulações;
- Letargia, pois os cães passam a dormir mais e ficar deitados por mais tempo;
- Problemas de visão, como catarata, glaucoma e esclerose nuclear;
- Perda auditiva;
- Aumento ou diminuição do peso;
- Maior sensibilidade ao calor e ao frio;
- Aumento da carência e dependência dos tutores.
Gatos
Entre as alterações no corpo dos bichanos, a mais comum também é a alteração da cor dos pelos, que se tornam acinzentados, principalmente na cabeça do animal. Inclusive ele vai perder seu brilho, ficando mais opaco.
É importante que você passe a escovar os pelos dos gatos com mais regularidade, pois a tendência é que eles embaracem mais facilmente. Isso ocorre pois, com o envelhecimento, esses pets passam a ter dificuldade na hora de tratar o pelo sozinhos.
Ademais, entre outros sinais que podem ou não aparecer na saúde e comportamento do animal, temos:
- Perda de massa muscular e desgaste das articulações, o que prejudica os movimentos e equilíbrio do animal;
- Urinar dentro de casa;
- Aumento do cansaço, fazendo com que eles durmam mais;
- Movimentos erráticos, decorrentes da perda de visão e audição;
- Perda de memória;
- Menor ingestão de água e comida.
Doenças comuns que podem surgir
O envelhecimento dos animais está diretamente relacionado à degeneração do organismo. Como já citamos no começo deste artigo, esse processo é natural e está conectado à morte celular e alterações no metabolismo de todos os seres vivos.
Igual aos humanos, existem doenças que se tornam mais comuns entre os pets da terceira idade. Isso não significa que, obrigatoriamente, todos irão desenvolver as patologias, mas a incidência é maior entre animais com idade avançada.
E quais são elas?
- Doenças na arcada dentária;
- Artrites e artroses;
- Insuficiência renal e incontinência urinária;
- Doenças oculares;
- Doenças cardíacas;
- Alterações metabólicas, a exemplo da diabetes e tireoide;
- Tumores, que podem ser benignos ou malignos.
Cuidados com pet idoso
1. Mudança na alimentação
Uma das adaptações mais importantes é o adequamento da alimentação. No caso dos cães, você pode alterar para rações específicas para pets seniores, dieta natural (prescrita por um veterinário nutrólogo) e até mesmo ração úmida, sempre se atentando às necessidades nutricionais do animal.
Para os gatos, a alimentação deve continuar rica em proteínas, complementando com fonte de vitamina A e taurina. É importante, também, incluir na dieta deles a arginina e ácido araquidônico, nutrientes fundamentais para um bom desenvolvimento do pet.
2. Adaptações do ambiente
Com a perda da visão, da audição e da mobilidade, é importante que você adapte o local em que o pet vive, para oferecer um maior conforto e qualidade de vida.
Você pode adaptar a altura dos comedouros e bebedouros, utilizar tapetes antiderrapantes e deixar o ambiente o mais organizado possível, sem fazer muitas alterações que confundam o animal. Além disso, se o seu bichinho gosta de dormir na cama ou ficar em cima do sofá (principalmente os cães), as rampas de acesso são excelentes opções!
Com a idade, os gatos tendem a sentir mais frio devido aos problemas nos ossos. Portanto, para evitar que seu pet fique desconfortável, deixe a cama o mais quentinha possível, com uma manta à disposição. Priorize também espaços mais escuros, que são os locais que eles passam a procurar para se abrigar.
3. Visitas frequentes ao veterinário
Ao chegar na terceira idade, os pets devem ir ao veterinário com menores intervalos de tempo, de preferência a cada 6 meses ou menos, caso seja recomendado.
Isso ajudará no diagnóstico precoce das doenças, aumentando as chances de cura e recuperação total do animal e, assim, a expectativa de vida dele. Por isso, mantenha o check-up do seu pet em dia!
4. Carinho e amor
Além dos maiores cuidados que eles demandam durante o processo, é essencial que você tenha carinho, paciência e muito amor para dar ao seu animal.
Com as limitações e momentos de confusão (que são comuns com a idade avançada), eles podem, por exemplo, fazer as necessidades em locais errados. Quando isso ocorrer, não brigue com ele. Demonstre apoio e carinho, mas sem perder a firmeza com o animal.
Por fim, respeite o novo ritmo do seu pet! As brincadeiras, passeios e outras atividades que antes animavam seu animal, podem ser deixadas em segundo plano. Não force-o a fazer mais do que ele consegue e está confortável.
Com o tempo, a saúde dos animais poderá exigir cuidados paliativos, como a fisioterapia, a acupuntura e outras atividades, que buscam garantir uma maior qualidade de vida ao pets
Enfim, o envelhecimento dos animais não é desculpa para deixar de tratá-los com carinho e dedicação, sendo dever seu cuidar deles da melhor maneira possível!
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Fontes: Ative Fisioterapia e Bem-estar Pet; Blog Cobasi; Dog Life, Blog Petz, Zoo Plus Magazine.
Comentário (1)
Tenho dois docinhos em casa,um Bacet com quase dezoito aninhos,cheio de verruguinhas e pelinhos brancos,mais graças a Deus,está bem e forte,uma idosinha de treze aninhos,Diabética e quase ceguinho,toma insulina duas vezes ao dia,foi muito difícil mais com paciência consegui controlar,amo demais os dois e é nessa fase que eles precisam ainda mais de maiores cuidados,muito mais amor e carinho,amei ler todo o artigo,muito explicativo e adorei todas as dicas,me ajudará muito a cuidar ainda melhor dos meus dois amores. Muito obrigado,Central Veterinária.