Raiva Bovina: Como evitar a contaminação do rebanho
Quando falamos sobre casos de raiva animal, o primeiro pensamento é que afeta cães e gatos. Contudo, essa doença é contagiosa e pode também afetar os bovinos, causando grandes prejuízos para os produtores e pecuaristas.
Neste artigo iremos mostrar quais são as principais causas dessa enfermidade e seus sintomas. Além disso, apresentaremos formas de prevenção, para que o rebanho não seja contaminado.
Quais as causas da Raiva Bovina?
A raiva bovina é uma doença infecciosa causada pelo vírus Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, transmitida através da mordida do morcego hemtáfogo Desmodus rotundus.
Além disso, é possível que a doença seja transmitida pela saliva (inclusive em mucosas) de animais infectados e por contato com sangue contaminado, tornando assim altamente contagiosa para outros animais.
Após esse contato, o vírus afeta principalmente o sistema nervoso central, fazendo com que os animais adquiram, em poucos dias, os primeiros sinais da doença.
Quais os sintomas da Raiva Bovina?
Em poucos dias após o contágio, os primeiros sintomas da Raiva Bovina são o isolamento do rebanho, apatia e opacidade da córnea. Além desses, os animais doentes também podem apresentar:
- perda de consciência;
- mugido rouco;
- saliva de forma excessiva;
- fezes secas e escuras;
- perda do controle anal;
- falta de coordenação motora;
- insensibilidade ao toque;
- flacidez ou desvio lateral de cauda;
- dificuldade em deglutir;
- agressividade;
- paralisia flácida de membros.
Em casos mais avançados, o animal pode ficar incapaz de se levantar, devido a paralisia dos membros que ocorre de forma gradativa. A partir do momento em que o animal fica no chão, o bovino demora de 4 a 8 dias para vir a óbito.
Qual o tratamento para a Raiva Bovina?
Infelizmente não existe cura ou tratamento da raiva bovina. Por isso, caso o animal apresente sinais e sintomas da doença, é necessário seguir as orientações dos órgãos reguladores para que não se contamine o resto do rebanho, outras pessoas ou demais animais no processo, visto que, como dito anteriormente, a doença é altamente contagiosa.
Quanto ao animal infectado, somente o veterinário pode orientar sobre a necessidade de sacrificá-lo e como sua carcaça deve ser descartada.
O que fazer para evitar a contaminação?
Além da contaminação pelos próprios bovinos, é preciso estar atento às outras formas de contágio, vindas de outros animais.
Controle de morcegos hematófagos
É importante controlar a população de morcegos hematófagos nas áreas onde o gado é criado. Na falta de alimento natural, eles atacam os bovinos.
Esses mamíferos voadores possuem o vírus causador da raiva em sua saliva, o que os tornam os principais causadores da enfermidade. Geralmente esses animais ficam abrigados em locais mais escuros, como nos galpões que os rebanhos se instalam.
Algumas medidas de controle incluem: instalação de telas em janelas e portas de celeiros (no mesmo estilo dos mosquiteiros) , uso de armadilhas e repelentes.
É importante ressaltar que nem todo morcego é hematófago. Existem aqueles que são insetívoros, frugívoras e polinívoros, que não transmitem doenças, ajudam no controle de insetos noturnos, transportam sementes e polinizam plantas, ou seja, são altamente benéficos para o meio ambiente. Por isso, é essencial que o controle de morcegos seja feito de forma seletiva e pelos órgãos responsáveis.
Vacinação é fundamental
Enquanto não existir uma cura ou tratamento para a raiva bovina, a vacina é, sem dúvida, a única forma eficaz de prevenir que a doença se espalhe para o rebanho. Somente com a vacinação é possível produzir anticorpos no animal antes da inoculação do vírus.
É recomendado um esquema vacinal de 2 doses iniciais, com intervalo de 30 dias e revacinação anual de todos os animais. É necessário elaborar um calendário sanitário e aplicar a vacina no gado juntamente com a da aftosa.
Com um bom cuidado no local, somado à imunização vacinal contra a proliferação da doença, a probabilidade de contaminação é baixa.
Caso você observe animais com possíveis sintomas de raiva, como andar cambaleante, salivação, andar em círculos, desorientação, não conseguir manter-se em pé e não conseguir se levantar ou sinais de ataques de morcegos no rebanho, é preciso comunicar imediatamente os órgãos responsáveis.
Gostou do conteúdo? Compartilhe em suas redes sociais e siga-nos para acompanhar os lançamentos e promoções. Compre nossos medicamentos pela Loja Online ou pelo nosso Televendas. Entregamos para todo o Brasil!
Fontes: Boi Saúde, Labovet e Infoescola
Deixe um comentário