Como o ciclo reprodutivo das vacas é afetado por verminoses e quais os impactos na produção de leite
Todos os anos os endoparasitas vêm causando mais de R$ 8 bilhões de prejuízo na reprodução das vacas no país, afetando assim toda a cadeia produtiva da pecuária brasileira.
No Brasil, o clima quente e úmido favorece a proliferação dos vermes, sendo os mais comuns em bovinos os parasitas redondos gastrintestinais e pulmonares. E, no caso do gado leiteiro, a estefanofilariose é outra verminose corriqueira, sendo causadora da úlcera da lactação.
Tendo em vista que essas parasitoses afetam, principalmente, o sistema interno dos bovinos, os sintomas não costumam ser aparentes. Por isso, é importante que o produtor esteja atento a outros fatores, como perda de apetite, diarreia, pelos secos e arrepiados, edemas submandibulares e mucosas anêmicas.
Além disso, entre os problemas causados pelos vermes na saúde das fêmeas bovinas, temos também uma perda considerável de peso, doenças relacionadas à fertilidade e redução na produção de leite.
Perda de peso e queda na produção de leite
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a perda de peso funciona como uma porta de entrada para outras doenças, a exemplo de infecções pulmonares, visto que a condição deixa as vacas debilitadas.
Além disso, vacas com verminoses podem desenvolver problemas reprodutivos em decorrência das condições de saúde frágeis. Com isso, muitas fêmeas não entram no cio no momento esperado, e sem a prenhez não há crias. Portanto, a produção de leite da propriedade será prejudicada.
Balanço Energético Negativo
É importante lembrar que a vaca leiteira enfrenta uma fase crítica de consumo energético durante o periparto, quando passa pelo Balanço Energético Negativo (BEN), sendo esse considerado , o momento mais difícil para o controle das principais verminoses gastrintestinais.
Isso ocorre porque o déficit de energia da vaca é menor no período entre o parto e o surgimento do pico da lactação pós-parto, pois a fêmea ainda não consegue ingerir a quantidade de energia necessária para atender as exigências para produção do leite.
E, como um dos sintomas de parasitoses é a diminuição do apetite, o problema pode passar despercebido pelo produtor. A queda da imunidade que geralmente acomete a vaca no periparto (incluindo contra as verminoses), unida ao déficit energético, acaba agravando o registro do BEN. Em um curto prazo, poderão ser afetados o potencial de produção do leite e até mesmo o retorno à reprodução pós-parto.
Combate aos vermes
De acordo com o médico veterinário e gerente de serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal, Guilherme Moura, esses microscópios afetam não só a saúde das vacas, mas a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.
Por isso, estão sendo desenvolvidos recursos que atuem efetivamente no manejo das verminoses. Foi percebido, por exemplo, que a eprinomectina auxilia diretamente e de forma ágil no combate dos vermes internos, potencializando o aproveitamento dos bovinos na produção.
De acordo com a Embrapa, esse controle parasitário, se feito da forma correta, pode elevar a produção de leite em até 2 litros por dia. A resposta, em curto prazo, é de maior rentabilidade para as fazendas.
Investir na prevenção
A melhor forma de evitar que os bovinos de leite sejam contaminados é investir na prevenção e no controle sanitário da sua fazenda. O produtor deve aplicar um planejamento eficiente, que considere os seguintes pontos: idade dos animais, ciclo de vida dos parasitas e época do ano, além de protocolos para aplicação de vermífugos de alta eficácia.
Afinal, como ressalta o médico veterinário e gerente de produtos para grandes animais da Syntec, Thales Vechiato, os protocolos de vermifugação são específicos para cada fase de vida do animal, como você pode conferir abaixo:
- Bezerros: deve ser realizado durante o desmame (entre 60 e 90 dias de idade), com repetições a cada 90 dias até o animal completar 12 meses de idade;
- Novilhas: a aplicação é recomendada no início do inverno na Região Sul, e no período menos chuvoso no restante do Brasil, repetindo a aplicação após 3 meses. O tratamento deve ser reaplicado no final do inverno na Região Sul, ou no início do período mais chuvoso no restante do país, repetindo novamente após 3 meses. “Na prática, recomenda-se o uso de endectocidas (Ivermectinas) durante as campanhas de aftosa e um manejo estratégico no meio da seca, rotacionando princípios ativos e optando por um produto a base de albendazol”;
- Vacas adultas: deve ser feito um tratamento no dia da secagem entre lactações, seguido por uma aplicação no dia do parto ou da entrada na linha de ordenha do leite para consumo humano.
Dessa forma, cabe ao produtor garantir qualidade de saúde para os animais, que vai desde uma nutrição balanceada até o manejo sanitário da propriedade. E aí, como está o controle da sua propriedade e dos seus bovinos?
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Fonte: Portal do Agronegócio; Milk Point.
Reprodução: Revista Rural.
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