A mosca-dos-chifres é um grande problema para o rebanho, isso não podemos negar. Para se ter uma ideia, no Brasil existem em média 214,7 milhões de bovinos, sendo a grande maioria criada em pastos. Neste tipo de manejo, um dos principais desafios é o controle das parasitoses, como carrapatos, moscas e verminoses. 

São vários os fatores que podem levar à uma infestação, e é o que vamos explicar no conteúdo de hoje.

O que é a Moscas-dos-Chifres

A mosca-dos-chifres é um inseto que tem de dois a três centímetros de espessura e que suga o sangue dos bovinos, com picadas frequentes que causam incômodo e dor. Desse modo, deixa os animais extremamente agitados e em um estado de estresse elevado. 

Há estudos que indicam que o problema maior não é o fato do parasita sugar o sangue do animal, mas a ação irritante e estressante que as moscas causam nos bovinos. A título de curiosidade, a irritação é tanta que o nome da mosca é sugestivo: Haematobia irritans (inseto hematófago). 

De acordo com o estudo técnico realizado por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a mosca fêmea pode picar até 38 vezes em um único dia, e o macho consegue picar o animal até 24 vezes. 

A mosca-dos-chifres é de origem Europeia e chegou ao Brasil no fim da década de 70, mais precisamente entre 1976 e 1977 em Roraima. A proliferação em território nacional aconteceu na década de 1980, atingindo regiões onde a pecuária de corte era mais potente, além, claro, do clima de umidade e altas temperaturas. Em Minas Gerais, o problema chegou no início da década de 1990.   

Segundo os pesquisadores, os insetos adultos são encontrados nos animais e os ovos, larvas e pupas nas fezes frescas. Além disso, a infestação se dá predominantemente em bovinos com menos sangue Zebu, em pelagens escuras e em animais adultos. Ou seja, quanto mais escuro o animal for, mais atraente ele é para as moscas.

O ciclo de desenvolvimento da mosca-dos-chifres é rápido, o que dificulta ainda mais o controle do problema. Ao botar os ovos nas fezes, as larvas irão nascer em apenas 24 horas. O período do ovo até a fase adulta do inseto é de aproximadamente 9 dias. 

Quando a infestação é grande, o animal fica extremamente irritado, não consegue dormir tranquilamente, não se alimenta da forma adequada e, consequentemente, a produção do leite diminui em até 20%. Afinal, animal irritado e magro é sinônimo de menor produtividade. Em infestações prolongadas, o animal pode vir a óbito. Além do impacto na saúde dos animais, os efeitos podem ser percebidos na economia anual. O prejuízo que a mosca-dos-chifre causa é de R$14 bilhões.  

Outro ponto de grande preocupação é a qualidade do couro final, pois o número de picadas sofridas pelo animal ocasiona uma reação alérgica local na pele, tornando-a grossa e inflexível e diminuindo a precificação final. 

Métodos de controle

• Controle mecânico: é feito espalhando as fezes do bolo fecal. Dessa maneira, você impede que o inseto passe pelo processo de larvas, ovos e pupas. 
• Controle químico: é realizado por meio de medicamentos e inseticidas, que são utilizados como efeito repelente. Para o controle da Haematobia irritans, indicamos o Brinco mosquicida Toptag, que é totalmente seguro, pronto para uso e de fácil aplicação. O objetivo do brinco é proporcionar uma melhora na qualidade de vida do seu rebanho. 

• Além disso, o moderno Couro Limpo, está aliado a três princípios ativos diferentes, que atuam contra parasitas dos bovinos: a Cipermetrina, que é um inseticida Piretróide de última geração; o Clorpirifós, um inseticida organofosforado; e o Citronelal, um repelente natural.

• Outro aliado no combate aos parasitas, é a Cipermetrina , que faz parte do grupo piretróides para uso externo.  Tem um alto poder de inseticida, que garante persistência da ação antiparasitária e repelência, o que confere um excelente controle de carrapatos, piolhos e moscas de bovinos. 
• Controle biológico: se dá com a utilização de besouros coprófagos (que se alimentam de fezes), que fazem buracos nas fezes frescas do gado e impedem a proliferação das moscas-dos-chifres. O besouro foi importado da África para o Brasil em 1989, com o objetivo de promover o controle biológico da mosca-dos-chifres – afirma a Embrapa. 

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Fonte: Embrapa / MSD Saúde Animal Brasil / Bimeda /