Outubro Rosa Pet: saiba mais sobre o câncer de mama em animais de estimação
Como muitos já sabem, o mês de outubro é conhecido mundialmente como período de conscientização do combate ao câncer de mama em humanos. Contudo, essa é uma doença que também pode afetar cadelas e gatas.
A boa notícia é que se o tutor estiver atento, consegue procurar o veterinário precocemente e, consequentemente, propiciar tratamento eficaz para o animal de estimação.
É por isso que, nesse artigo, iremos trazer todas essas informações sobre o câncer de mama em animais de estimação, para que você fique atento e, ao menor sinal, procure o veterinário de sua confiança.
Causas e sinais do câncer de mama em pets
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFVM), a incidência do câncer de mama é menor em gatas (30%) em comparação as cadelas, que pode chegar em até 45%.
E claro, as causas que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama em animais de estimação são diversas. Porém, os principais fatores de risco são:
- Idade: cadelas de 7 a 12 anos, e gatas entre 10 e 11 anos são as mais atingidas por essa neoplasia;
- Obesidade: alimentos gordurosos podem proporcionar aumento de tumores na região mamária, principalmente nos primeiros anos de vida do animal;
- Raças: algumas são mais propensas, como é o caso do Poodle, Pointer, Labrador, Fox Terrier, Beagle, Boxer e gatas siameses.
- Influência hormonal: as fêmeas tratadas por anticoncepcionais injetáveis têm mais chances de desenvolver tumores na região da mama.
- Castração: animais que são castrados de forma tardia ou que não tenham passado por esse procedimento correm mais riscos.
Um dos pontos mais perigosos do câncer de mama está no fato dessa doença não apresentar nenhum sintoma em seu estágio inicial, sendo que ele começa a aparentar os primeiros problemas em seu estágio mais avançado. Com isso, os principais sinais clínicos são os seguintes:
- presença de lesões nodulares na cadeia mamária que crescem de maneira rápida e que podem ocasionar no aparecimento de feridas;
- anomalia no local;
- falta de apetite;
- diarreia;
- enjoo;
- emagrecimento rápido;
- apatia;
- febre;
- secreção;
- dores;
- inchaço;
- vermelhidão;
- dificuldade de urinar, defecar e respirar.
Diagnóstico do câncer de mama em pets
O diagnóstico consiste, primeiramente, na palpação das mamas em busca de alguma anormalidade. Inclusive, os próprios tutores podem verificar isso em momentos de brincadeiras ou quando fazem carinho na barriga.
Caso perceba-se alguma alteração, a primeira coisa a ser feita é levar o pet para o médico veterinário, para que o mesmo possa realizar alguns dos seguintes exames e, assim, confirmar o diagnóstico:
- Exames de sangue: nele vai ser identificado se existe alterações na células e glóbulos do animal;
- Exames de imagens: principalmente ultrassonografias e tomografias que permitem visualizar a presença de algum nódulo ou caroço;
- Biópsia: nesse procedimento, o animal é anestesiado e um pedaço do tumor retirado para análise em laboratório, a fim de detectar se o mesmo é benigno ou maligno.
Como tratar o câncer de mama em pets
Depois de diagnosticada a gravidade do câncer, o médico veterinário irá indicar qual será o protocolo de tratamento adotado. Um dos tratamentos mais comuns é a intervenção cirúrgica para a remoção do tumor.
Dependendo do tipo e do estágio desse tumor, o médico veterinário pode recomendar que o animal passe por uma quimioterapia, como uma alternativa de tratamento para prevenir ou retardar o desenvolvimento de metástases.
Como prevenir o câncer de mama em pets
Existem alguns métodos eficazes para prevenir que as cadelas e gatas venham a desenvolver tumores na região mamária. Uma dessas formas é a castração precoce, que diminui os níveis hormonais ligados ao desenvolvimento do câncer nos pets.
Sobre essa prática, estudos mostram que é recomendado castrar as fêmeas entre o primeiro e segundo cio, no caso de cadelas, e entre os 6 e 12 primeiros meses em caso de gatas. Isso é fundamental para que elas não venham a sofrer efeitos adversos como incontinência urinária, neoplasias diversas, entre outros problemas.
Outra forma de prevenir o câncer de mama em pets é evitar o uso de anticoncepcionais, visto que, conforme falamos anteriormente, essa prática é uma das principais causadoras de tumor de mama em fêmeas em gatas e cadelas.
Por fim, é importante que se atente que o pet tenha uma boa nutrição, rica em proteínas e lipídeos e baixa em carboidratos, pois a mesma contribui para impedir o desenvolvimento de células cancerígenas em cadelas e gatas.
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Fontes: CFMV, CFMV-PB, UFRA,Uniceplac, Vetmétodo, A União, Special Dog, Labovet
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