IATF: vantagens e desvantagens da Inseminação Artificial em Tempo Fixo

A Inseminação Artificial em Tempo Fixo, conhecida como IATF, vem sendo cada vez mais utilizada nas fazendas brasileiras, visando o avanço genético dos rebanhos. 

Essa é uma técnica que busca solucionar problemas frequentes que ocorrem na Inseminação Artificial convencional através de protocolos hormonais que controlam a ovulação. 

Trata-se de uma estratégia de manejo que busca sincronizar a ovulação das fêmeas bovinas, fazendo com que todas entrem no cio no mesmo dia. Dessa forma, a IATF possibilita inseminar mais animais em um menor período, melhorando a eficiência reprodutiva da propriedade.

E, como todo procedimento, a IATF tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas pelo produtor antes de investir na aplicação do método em sua propriedade. 

Continue a leitura e confira!

Como funciona a Inseminação Artificial em Tempo Fixo?

Antes de tomar uma decisão sobre a Inseminação Artificial em Tempo Fixo valer ou não a pena para a produção do rebanho, é preciso entender como funciona o método.

Primeiramente, é escolhido um dia e horário específicos onde, através de terapias hormonais, é induzida a atividade ovariana de todas as fêmeas do rebanho. Assim, será possível sincronizar o cio de todas as vacas.

O ciclo estral das vacas dura, em média, de 18 a 24 dias, tendo o inseminador esse intervalo de tempo para realizar todo o processo de tratamento hormonal. Existem vários protocolos, e é importante verificar qual a melhor opção para o rebanho.

E quais as vantagens de aplicar a IATF na propriedade?

Em primeiro lugar, tem-se que a IATF elimina a necessidade de identificação de quais vacas estão no cio. Isso porque, na Inseminação Artificial tradicional, é preciso estar sempre verificando quais vacas estão no cio e prontas para serem inseminadas. 

Além disso, a IATF é eficaz em fêmeas em anestro. Dentre os medicamentos utilizados no controle da ovulação, tem-se a aplicação do eCG, responsável por afetar as fêmeas em anestro. 

Esse hormônio permite diminuir o IEP (intervalo entre partos), possibilitando alcançar a meta de produção geral da propriedade de geração de um bezerro por vaca.

Esse procedimento é totalmente seguro para as fêmeas, pois tratam-se de reproduções de hormônios já naturalmente produzidos pelos próprios animais.

As vantagens descritas acima são consideradas as mais efetivas na hora de decidir se a IATF deve ou não ser aplicada na propriedade. Além delas, existem outros benefícios que devem ser considerados, como:

• Melhoramento genético;
• Cruzamento entre raças;
• Prenhez mais rápida no pós-parto;
• Padronização dos lotes de animais;
• Possibilidade do uso do sêmen de reprodutores que já morreram ou que estão incapacitados para a monta;
• Diminuição no risco de acidentes durante a monta;
• Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
• Utilização do sêmen mais indicado para cada fêmea.

Em contrapartida, quais são as desvantagens?

Como todo investimento de longo prazo, a IATF gera altos custos iniciais, devido a necessidade de aquisição de equipamentos (principalmente para os produtores que ainda não possuem os materiais necessários).

A falta de mão de obra qualificada também é uma preocupação para quem deseja investir na Inseminação Artificial em Tempo Fixo, pois devem ser profissionais com tempo e dedicação para identificar os cios, de forma a ser o mais assertivo possível.

Por fim, existem alguns requisitos que também determinam o sucesso da IATF no rebanho. Esse é um processo que demanda tempo e investimento, devendo ser considerados procedimentos internos da fazenda, a exemplo de: 

• Controle Sanitário (vacinação, exames, etc);
• Controle Nutricional (estratégias nutricionais, suplementação, etc);
• Seleção dos melhores sêmens;
• Definição do protocolo que melhor se adequa à fazenda.

Assim, será possível determinar, em um menor prazo, o sucesso da IATF na propriedade, colhendo os primeiros resultados da Inseminação Artificial no seu rebanho!

 

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Fontes: Prodap; Jetbov; CPT Cursos Presenciais.